IA generativa e o futuro do trabalho na América Latina: riscos e oportunidades para o Brasil
Estudo internacional analisa os impactos da IA generativa no trabalho na América Latina, destacando os riscos e oportunidades para o Brasil em setores e profissões.
ESPECIAL
Rayan Dores
9/18/20251 min read


Um estudo recente intitulado “Generative AI and the Transformation of Work in Latin America” analisou em profundidade como a inteligência artificial generativa está transformando o mercado de trabalho em países da região, com destaque para o Brasil. O relatório traz insights valiosos sobre funções que já estão sendo impactadas, setores mais suscetíveis à automação e o delicado equilíbrio entre riscos e oportunidades.
Segundo a pesquisa, áreas como serviços administrativos, atendimento ao cliente, jornalismo e marketing digital estão entre as mais expostas à substituição parcial ou total de tarefas por IA. No entanto, o estudo ressalta que essa transformação não deve ser encarada apenas como ameaça: ao mesmo tempo em que algumas funções se tornam obsoletas, novas demandas surgem, principalmente em gestão de dados, curadoria de informação, engenharia de prompts e desenvolvimento de sistemas baseados em IA.
O Brasil, que concentra uma das maiores economias da região, aparece como um campo fértil para a adoção dessas tecnologias, mas também enfrenta desafios significativos. Questões como regulação, capacitação profissional e desigualdade de acesso à tecnologia são apontadas como barreiras que podem ampliar o abismo entre trabalhadores que se adaptam ao novo cenário e aqueles que ficam para trás.
O relatório ainda reforça que a adoção da IA generativa deve ser acompanhada de políticas públicas voltadas para educação e requalificação da força de trabalho, garantindo que a transformação digital não seja excludente, mas sim uma oportunidade de crescimento sustentável e inclusivo.
Em resumo, a IA generativa não é apenas uma tendência passageira: ela está redefinindo a forma como trabalhamos, exigindo adaptação rápida de empresas, governos e profissionais. Para o Brasil, o momento é de decidir se será apenas um consumidor dessas inovações ou se também terá protagonismo em desenvolvê-las.