Fim do clique? Interfaces por voz e gestos ganham espaço no design de experiências

As interfaces por voz, gestos e rastreamento ocular estão ganhando espaço nas experiências digitais, desafiando o domínio do clique. Com a evolução de dispositivos como o Apple Vision Pro e assistentes de IA, o design passa a priorizar interações mais naturais, fluidas e sem toque.

TENDÊNCIAS

Rayan Dores

8/7/20251 min read

photo of white staircase
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O clique, gesto mais simbólico da era digital, pode estar com os dias contados — ao menos como protagonista da interação entre humanos e tecnologia. Com a evolução das interfaces naturais, como comandos de voz, leitura de gestos e rastreamento ocular, uma nova geração de experiências digitais está sendo desenhada. Ela promete tornar a tecnologia mais fluida, intuitiva e invisível.

A influência dos novos dispositivos

A chegada de dispositivos como o Apple Vision Pro, os óculos da Meta (Ray-Ban Meta Smart Glasses) e os avanços nos assistentes por voz — como ChatGPT com comando de voz, Alexa, Google Assistant e similares — indicam um movimento claro: as pessoas estão interagindo cada vez mais sem tocar nas telas.

Nesses ambientes, a interação passa a depender de comandos falados, expressões faciais, movimentos das mãos e até da direção do olhar. Isso exige não só novas tecnologias, mas um redesenho completo da experiência do usuário (UX).

O impacto no design e nas plataformas

Empresas de tecnologia, desenvolvedores e designers já estão se adaptando. Criar produtos digitais agora passa a incluir perguntas como:

  • Como uma pessoa pode navegar sem olhar para a tela?

  • Como garantir acessibilidade e precisão em comandos por voz?

  • Qual o comportamento do usuário quando ele não precisa mais tocar?

Plataformas como o YouTube, Spotify e Netflix já estão testando interações por voz mais avançadas, inclusive com personalização contextual, capaz de entender comandos mais subjetivos como “tocar algo que me ajude a focar”.

O futuro da navegação é invisível?

A tendência das interfaces invisíveis — aquelas que não exigem aprendizado ou contato físico — não é exatamente nova, mas ganha novo fôlego com a IA generativa. Sistemas capazes de entender linguagem natural com maior precisão tornam a navegação sem cliques mais eficiente e, em alguns casos, mais agradável.

Para os criadores de conteúdo, marcas e desenvolvedores, o desafio agora é adaptar mensagens, fluxos e experiências a esse novo cenário, onde a tecnologia desaparece e a interação se torna quase humana.