Criadores como marcas: como influenciadores estão se tornando negócios completos
O influenciador de hoje não vive só de publis. Cada vez mais, criadores estão virando marcas próprias — com produtos, plataformas, eventos e times profissionais. Veja como essa mudança está moldando o futuro da creator economy.
CRIADORES
Rayan Dores
7/24/20252 min read


Nos últimos anos, a ideia de que influenciadores “apenas postam conteúdo” ficou para trás. A nova fase da creator economy mostra um movimento claro: criadores estão se tornando negócios completos, com estratégias, produtos próprios, múltiplas fontes de receita e presença em várias plataformas — como verdadeiras marcas.
Essa transformação vem sendo impulsionada por três fatores principais:
1. A busca por independência das redes sociais
Depender exclusivamente do algoritmo de uma plataforma é um risco alto. Por isso, muitos criadores passaram a construir comunidades próprias, com newsletters, grupos fechados, sites, eventos e produtos digitais. Isso garante mais controle sobre o público e as receitas.
2. A profissionalização da gestão de conteúdo
Hoje, é comum que influenciadores tenham times que cuidam de edição, roteiro, parcerias, financeiro, tráfego pago e até jurídico. O creator moderno pensa como CEO: analisa dados, testa formatos e projeta crescimento. Plataformas como Hotmart, Sparkle, Linktree e Stan (assinaturas diretas) ajudam a organizar esse ecossistema.
3. O surgimento de novas fontes de receita além da publi
Se antes o criador dependia quase exclusivamente de publicidade, hoje ele pode vender infoprodutos, criar comunidades pagas, lançar coleções, atuar como consultor, promover eventos ou fechar licenciamento de marca. Em outras palavras: há mais caminhos para monetizar uma audiência.
Exemplos de criadores que viraram marcas:
Manoel Gomes (Caneta Azul) virou show, meme, produto e agora investidor de conteúdo.
Nath Finanças lançou curso, livro, consultoria e se tornou referência em educação financeira popular.
Paola Carosella transcendeu a TV e virou marca com restaurante, livro, canal e produtos próprios.
Creators de nicho (fitness, pet, games, etc.) criam desde aplicativos até linhas de produto com marcas brancas (white label).
O que isso significa para novos criadores?
Criar conteúdo é só o começo. O criador de hoje precisa pensar em posicionamento, propriedade digital e diversificação de receitas. Com o amadurecimento do público e da tecnologia, cresce a exigência por consistência, originalidade e profissionalismo.
A creator economy está deixando de ser terreno amador e se tornando um ambiente competitivo — mas cheio de oportunidades para quem entende que o conteúdo é apenas a porta de entrada.